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EMOÇÃO (CONCEITO)

  • Amanda Sardisco (Psicóloga/Psicopedagoga
  • 13 de jul. de 2015
  • 3 min de leitura

Santos (2000) cita que emoção é uma palavra que vem do latim, movere (que significa mover), precedida do sufixo ex (para fora), significando afastar-se. Em toda emoção há uma tendência à ação.

O dicionário de filosofia Nicola Abbagnano define emoção como:

Em geral, entende-se por esse nome qualquer estado, movimento ou condição que provoque no animal ou no homem a percepção do valor (alcance ou importância) que determinada situação tem para sua vida, suas necessidades seus interesses. Nesse sentido para Aristóteles, a E. é toda afeição da alma, acompanhada pelo prazer ou pela dor: sendo o prazer e a dor a percepção do valor que o fato ou a situação a que se refere a afeição tem para a vida ou para as necessidades do animal. Desse modo, as E. podem ser consideradas reações imediatas do ser vivo a uma situação favorável ou desfavorável: imediata, porque condensada e, por assim dizer, resumida no tom do sentimento, (agradável ou dolorosa), que basta para pôr o ser vivo em estado de alarme e para dispô-lo a enfrentar a situação com os meios de que dispõe.

Goleman (2001) entende que emoção se refere a um sentimento e seus pensamentos distintos, estados psicológicos e biológicos, e a uma gama de tendências para agir.

De acordo com Atkinson & Atkinson (1995), uma emoção intensa inclui vários componentes gerais. Um desses é a reação corporal. Quando está com raiva, por exemplo, uma pessoa pode ocasionalmente tremer ou levantar a sua voz, embora não deseje fazer isso. Outro componente é a coleção de pensamentos e crenças que acompanham a emoção, e que parecem vir à mente automaticamente. Um terceiro componente de uma experiência emocional é a expressão facial. Quando as pessoas experienciam repugnância, por exemplo, provavelmente franzem a testa, frequentemente com sua boca muito aberta e suas pálpebras parcialmente fechadas. Finalmente, um quarto componente envolve as reações dos indivíduos as experiências. Essas incluem reações específicas – a raiva pode leva-lo a agressão, por exemplo – e reações mais globais – uma emoção negativa pode obscurecer sua visão do mundo.

Assim de acordo com os autores citados acima a lista de componentes de uma emoção inclui:

  • Respostas corporais internas, particularmente aquelas envolvendo o sistema nervoso autônomo.

  • Crença ou determinação cognitiva de que um determinado estado positivo ou negativo está ocorrendo.

  • Expressão facial.

  • Reações à emoção.

Complementando, ainda se pode considerar de acordo com a literatura que as principais emoções básicas são: raiva, medo, tristeza, alegria/prazer, afeto/amor. Elas podem se apresentar de forma mais branda ou mais intensa.

Segundo Mac Lean (citado por Santos, 2000, p.38) a base orgânica das emoções do homem está no seu cérebro, principalmente no chamado sistema límbico (do latim limbus, margem): um conjunto de formações neurológicas que cerca e limita o tronco cerebral. Ele resultou da evolução do cérebro dos mamíferos e dos répteis, ao longo de milhões de anos de evolução. O cérebro cresceu de baixo para cima, desenvolvendo-se os centros superiores a partir dos inferiores. Quando estamos tomados pelas emoções - amor, ódio, paixão, raiva, medo, e outras - estamos sob o jugo do sistema límbico, que então controla nosso comportamento.

De acordo com Santos (2000) a parte mais recentemente desenvolvida do cérebro humano, denominada neocórtex, é a sede do pensamento e contém os centros que integram aquilo que é percebido pelos sentidos - tato, olfato, gosto, visão e audição - que foram criados para que o homem percebesse o meio em que vive. As áreas emocionais estão ligadas com a neocórtex através de milhares de circuitos neuronais, permitindo aos centros emocionais grandes poderes sobre o comportamento humano, chegando às vezes a dominá-lo, durante os "sequestros emocionais". Existe habitualmente um funcionamento integrado entre o cérebro emocional e o neocórtex, permitindo harmonia das ações humanas, racionais e emocionais. Os centros superiores não podem controlar totalmente a vida emocional e a Educação Emocional objetiva exatamente criar condições para o controle dos impulsos emocionais. Existe uma área do cérebro emocional, acima do tronco cerebral, denominada de amígdala, que é fundamental para a vida emocional. Foi verificado que a vida sem amígdala é destituída de significados emocionais: animais que têm a amígdala retirada são incapazes de sentir medo ou raiva e perdem o impulso para competir ou cooperar, ficando com as emoções embotadas ou ausentes de um modo geral. Sabe-se hoje que, quando há uma situação desencadeadora de medo, a amígdala estimula a secreção dos hormônios que vão desencadear a reação de "luta-fuga", determinando também a contração dos músculos faciais relacionados com o medo.

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